Começou nesta segunda-feira (12/4) a campanha de vacinação contra a gripe em todo o Brasil. O Ministério da Saúde irá distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas. O investimento na aquisição das doses foi de R$ 1,2 bilhão. A campanha vai até o dia 9 de julho.
“Se tem algo que fazemos bem, é vacinar a nossa população, através do nosso Programa Nacional de Imunização (PNI), que é um patrimônio de cada um dos 220 milhões de brasileiros, um orgulho da América Latina. Há um ano vivemos uma grave crise sanitária internacional, que afeta também o nosso país. E há um ano, nós fizemos uma campanha de vacinação contra a gripe muito bem sucedida”, frisou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A imunização contra a gripe será feita em três etapas – os municípios terão autonomia para definir as datas de mobilização (Dia D), conforme a realidade de cada região. Os grupos prioritários são:
crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
gestantes e puérperas;
povos indígenas;
trabalhadores da saúde;
idosos com 60 anos ou mais;
professores do ensino básico e superior;
pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
pessoas com deficiência permanente;
forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
trabalhadores portuários;
funcionários do sistema prisional
adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
população privada de liberdade.
VACINA INFLUENZA E COVID-19
Como duas campanhas de vacinação serão feitas simultaneamente neste ano (gripe e covid-19), a orientação do Ministério da Saúde é que a vacinação contra a covid-19 seja priorizada nos grupos prioritários.
Com isso, a população- alvo da vacinação contra gripe que ainda não recebeu doses contra a covid-19 deve receber antes a vacina covid-19 e fazer o agendamento da aplicação da vacina influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.
A ação de imunização contra a gripe é extremamente importante para a proteção dos grupos mais vulneráveis às complicações e óbitos decorrentes da doença. Portanto, deve ser mantida, apesar de todos os desafios frente à circulação da covid-19.
“Nós sabemos que, apesar de não ter o memso impacto sobre a saúde [em relação à covid-19], a gripe pode levar a síndromes respiratórias agudas graves. E esses indivíduos também pressionam o nosso sitema de saúde, que já está pressionado, em face da covid. Então, é imprescindível que tenhamos essa campanha tão bem sucedida, como tivemos no ano passado, mesmo dentro da concomitância da vacinação contra a covid-19”, reforçou o ministro.
SEGURANÇA
A vacinação contra a gripe será realizada em mais de 50 mil postos espalhados pelo país. Por conta da pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde tem divulgado aos estados e municípios medidas para garantir a imunização segura, reforçando a adoção de cuidados sanitários como uso de máscaras, respeito ao distanciamento social e higienização das mãos.
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
Não ter a caderneta de vacinação em mãos não é impeditivo para tomar as vacinas ofertadas em qualquer campanha de vacinação do Ministério da Saúde. A dica é procurar as unidades de saúde de referência para que os profissionais de saúde localizem o cadastro ou o histórico da pessoa no Sistema do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
A população que ainda não tiver sido pré-cadastrada no SIPNI ou em uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) pode apresentar qualquer documento que comprove pertencer aos grupos de risco da campanha de vacinação contra a gripe, como exames, receitas, relatório médico, prescrições etc.
Fernando Caixeta e André de Castro
Ministério da Saúde