Com o intuito de chamar a atenção da sociedade para os cuidados com a saúde da mulher, em especial à prevenção ao câncer de mama, anualmente ocorre em todo o mundo a campanha Outubro Rosa. Este é o tipo de câncer mais incidente (depois do câncer de pele não melanoma) e o que mais causa mortes por câncer em mulheres no mundo.
“O Outubro Rosa é uma campanha de estímulo à participação da população, das empresas e das entidades que começou no Estados Unidos com o estímulo à mamografia. Hoje em dia, além da mamografia, ressaltamos a importância da mulher em ter a consciência da própria saúde e das ações necessárias para se cuidar”, ressalta o oncologista da Onco Hematos, Nivaldo Vieira.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam 59,7 mil casos novos de câncer de mama no Brasil em 2019, o que representa 29,5% dos cânceres nas mulheres, excetuando-se os cânceres de pele não melanoma. Para Sergipe, são estimados 550 novos casos de câncer de mama esse ano. Deste total, 240 são previstos somente em Aracaju.
Fatores de Risco
Os fatores de risco para este tipo de câncer podem ser divididos em não modificáveis e modificáveis. No primeiro grupo estão os fatores genéticos, onde pessoas que integram famílias com histórico de câncer de mama estão mais propensas à doença. “Nestes casos, realizamos a pesquisa de mutação genética. Atualmente são descritos mais de 20 mutações genéticas diferentes que podem estar associadas ao aumento da probabilidade da pessoa desenvolver câncer de mama”, detalha a oncologista Erijan Andrade, que integra a equipe multidisciplinar da Onco Hematos.
Já entre os fatores modificáveis estão: a obesidade; o sedentarismo; o tabagismo; menarca precoce (início da menstruação antes das 12 anos); menopausa tardia (início depois dos 55 anos); primeira gravidez depois dos 30 anos; a mulher que nunca engravidou; o uso da terapia de reposição hormonal além de cinco anos; a mulher que nunca amamentou.
“Em relação aos fatores de risco modificáveis a melhor forma de prevenir é justamente modificar esses fatores de risco. Por exemplo, quem é sedentário, praticar atividades físicas; quem fumar, cessar o tabagismo. O combate aos fatores de risco corrigíveis é extremamente importante. É uma medida eficaz para combater o câncer de mama”, salienta a oncologista Erijan Andrade.
Prevenção x Diagnóstico precoce
Erijan chama atenção para a diferença entre a prevenção e o rastreamento de diagnóstico precoce. “Não se faz exame para prevenir o câncer de mama. Os exames são feitos para diagnosticar o câncer precocemente. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia indica a mamografia a partir dos 40 anos. “pontua.
Fonte: Ascom/OncoHematos