Em meio às típicas festividades de fim de ano, os cuidados com a saúde devem ser mantidos. Em casos de urgência e emergência, as solicitações por assistência pré-hospitalar podem ser feitas através da abertura de chamado para a Central de Regulação de Urgências (CRU), através do 192. De acordo com o médico do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, Carlos Eduardo Freire, o atendimento a ser destinado ao solicitante depende da gravidade da situação ou da doença em que o paciente se encontra.
“Pode haver casos de diarreia, considerados de fácil resolução na maior parte das situações. Porém, quando em idosos, por exemplo, o tratamento tende a ser mais específico, em virtude das necessidades assistenciais relacionadas a esses pacientes, daí a necessidade da intervenção de equipes de saúde. No mais, no momento em que o solicitante entra em contato pelo 192 ele receberá todas as orientações devidas, relacionadas aos mais diversos casos apresentados”, ressaltou o médico.
Casos específicos
Carlos Eduardo destaca que situações de insuficiência respiratória ou cianose, sinal ou sintoma que pode ser notado através da coloração azul-arroxeada da pele, representam alguns dos casos cuja solicitação do Samu torna-se necessária. “Casos como esses apontam para a maior gravidade de uma situação, daí a necessidade de assistência pré-hospitalar móvel, através das equipes de suporte básico ou avançado. Situações em que o paciente necessite de glicose, por sua vez, devem ser resolvidas nas unidades de saúde. Em caso de embriaguez, seguido de vômito ou enjoo, a medida a ser adotada é a hidratação do paciente”, orientou.
A remoção do paciente a uma unidade de saúde também acontece em casos de hipertensão, pressão arterial alta, ou hipotensão, quando baixa. “É preciso aferir a pressão arterial, pois pode se tratar de um caso ou do outro. Se não houver como aferir, o médico deverá realizar os procedimentos devidos para a resolutividade do caso, enquanto que qualquer medida inapropriada, seja em alguma residência ou em local festivo, pode vir a agravar o estado de saúde da pessoa”, acrescentou o profissional.
O paciente vítima de afogamento deve ser, de imediato, observado a fim de que se verifique se o mesmo respira ou não. Quando não houver respiração, as massagens cardíacas devem ser realizadas. Se houver, em casos de hipotermia, diminuição excessiva da temperatura normal do corpo, deve-se enxugar o paciente e envolvê-lo em lençol para aquecimento, recorrendo à unidade de saúde mais próxima para demais procedimentos.
Parada respiratória
Esse tipo de ocorrência, de parada cardiorrespiratória (PCR), se dá no momento em que o coração deixa de funcionar e o indivíduo deixa de respirar, sendo uma das principais causas de mortes no Brasil e no mundo. Nesses casos, para cada minuto em que a vítima deixa de receber a ressuscitação cardiopulmonar, ela perde 10% de chance de sobrevida.
“Em primeira instância, é preciso verificar se o paciente responde a alguma solicitação. Se não responder, a pessoa mais próxima deve entrar em contato com o 192, e em seguida, observar atentamente se o mesmo está respirando. Se não respira ou mantém respiração agônica, é preciso começar a comprimir o tórax com massagem cardíaca, revezando a cada dois minutos, caso não haja como proceder com uma só pessoa, enquanto a ambulância do Samu está a caminho, trazendo consigo o desfibrilador externo automático [DEA], que é de extrema importância para melhorar o índice de sobrevivência das vítimas que sofrem PCR”, concluiu o médico do NEP do Samu.
Fonte e foto: SES