Os avanços e o que há de mais novo na área da anestesiologia serão discutidos no 60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia (CBA) e que será realizado de 9 a 13 de novembro de Centro de Convenções de Sergipe (CCS). O tema do evento este ano é “Segurança em Anestesia: maximizando qualidade, minimizando riscos”.
O presidente do 60º CBA o anestesiologista Ronaldo Gurgel explica que o médico anestesista é responsável pela manutenção da vida do paciente durante uma cirurgia. Em todo o Brasil, existem aproximadamente 15 mil profissionais anestesistas, já em Sergipe existem 150 médicos atuando nessa especialidade. “Os avanços cirúrgicos se deram a partir do avanço da anestesia. As grandes técnicas cirúrgicas que temos hoje já eram realizadas em cadáveres há muitos anos atrás, mas a gente não conseguia fazer isso em seres vivos, porque o índice de mortalidade era altíssimo”, explica.
Há 25 anos atuando na área de anestesiologia, Gurgel informa que quando a anestesia chegou a evoluir como especialidade, os médicos passaram a ter o controle das funções vitais em cirurgias de qualquer porte, e essas cirurgias que eram planejadas em cadáveres, passaram a ser realizadas também em humanos, graças ao avanço da anestesia. O médico explica ainda que o anestesista é um profissional médico de seis anos de formação, com mais três anos de especialização.
“Apesar de todos os receios, a anestesia está entre as especialidades médicas, para não dizer as ciências mundiais, que mais tem evoluído ao longo dos últimos anos, com impressionante eficácia. Antigamente era uma área que as pessoas tinham medo porque ela não era exercida por um médico especialista. No passado eram irmãs que estavam no centro cirúrgico, às vezes leigos, médicos que não eram especialistas. Só que agora se tem o médico especialista que só faz isso, o upgrade de segurança e de qualidade que foi dado ao ato anestésico nos últimos anos é uma conquista muito grande”, disse.
Logo que ingressou na área da anestesia, Ronaldo Gurgel destacou que existia um evento adverso a cada cinco mil procedimentos. Vinte e cinco anos, esse número baixou consideravelmente: um evento adverso a cada 50 mil procedimentos. “Ao longo desses 25 anos a estatística foi mudando, e hoje, a segurança da anestesia é maior, do que muitas coisas que a gente faz no dia a dia. Como, por exemplo, uma viagem longa de carro, que é mais perigosa que a anestesia, estatisticamente isso está provado”, enfatizou.
A anestesista trabalha para todas as especialidades, cada cirurgia tem a sua particularidade, seu conhecimento, seu tempo. “Cada cirurgia tem sua especificidade, seja ela cardíaca, neurológica, pediátrica, obstetrícia, trauma ou ortopedia. A linha é a mesma, mas os cuidados são específicos. E é isso que a gente vai discutir no congresso. O avanço em todas as áreas de atuação da anestesia, incluindo a dor e a reanimação cardiorespiratória”, frisou Ronaldo Gurgel.
Informações sobre a programação, palestrantes e inscrições do 60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia podem ser acessadas pelo site www.cba2013.com.br.