Cigarro eletrônico pode causar lesões no pulmão assim como o cigarro convencional

Cigarro eletrônico, mais conhecido como vape (Foto: SSP/SE)

Os cigarros eletrônicos, conhecidos como ‘vape’, são uma febre entre os jovens e surgiram em meados do ano de 2003, como algo que causaria menos dano que o cigarro convencional. Mas a ideia é falsa e os vapes também podem acarretar danos aos pulmões.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 70% dos usuários do cigarro eletrônico têm entre 15 e 24 anos. “Vários médicos pneumologistas têm alertado sobre as consequências como o câncer de pulmão de 16 tipos associados a infarto, acidente vascular cerebral (AVC), doença coronariana grave, câncer de boca”, explicou a referência técnica do Programa Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ivete Góis.

Apesar da Anvisa proibir a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), a indústria utiliza truques para atrair o consumidor. “Muitas estratégias são usadas nos produtos como cores, sabores e aromas com variados modelos”, alertou Ivete.

A associação do aparelho eletrônico ao consumo do cigarro tradicional é mais uma preocupação à saúde, já que o país atinge uma média de 161.853 mortes anuais atribuíveis ao uso de tabaco, o que representa 443 mortes por dia, levando o tabagismo a ser o terceiro fator de risco para a população, conforme aponta o Ministério da Saúde.

Tratamento 

Por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), o SUS oferece tratamento integral e gratuito a quem deseja parar de fumar.

A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, o acesso a abordagem cognitivo-comportamental, material de apoio e, quando houver indicação, tratamento medicamentoso com terapia de reposição de nicotina (TRN), pelos adesivos transdérmicos, e do tratamento não nicotínico com cloridrato de bupropiona.

por Beatriz Fernandes com orientação de Alexandra Brito