Ações da Oncologia do Huse enaltecem a Campanha Outubro Rosa em Sergipe

Sem fila de espera para tratamento radioterapia e quimioterapia, o Centro de Oncologia da unidade hospitalar realiza ações de conscientização e prevenção contra o câncer de mama (Foto: SES)

A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) é referência em todo o estado para o tratamento e acompanhamento de pacientes acometidos pelo câncer. Mensalmente, são realizadas mais de duas mil consultas ambulatoriais no Centro de Oncologia Dr. Oswaldo Leite da unidade hospitalar. No mês de outubro o país se mobiliza para a conscientização sobre a importância do autoexame e prevenção do câncer, e a unidade realiza diversas ações voltadas ao cuidado com a saúde da mulher, chamando a atenção da sociedade para a Campanha do Outubro Rosa.

Durante todo o mês, há a entrega de um dos símbolos da campanha, os laços rosas a funcionários, pacientes e acompanhantes da unidade hospitalar. Além disso, os médicos oncologistas do serviço realizam palestras com temáticas voltadas à prevenção do câncer de mama, assim como são disponibilizados exames de ultrassonografias mamárias às colaboradoras do Centro. O prédio do Huse também ganhou uma iluminação especial na cor rosa em alusão à campanha.

A coordenadora geral do Centro de Oncologia do Huse, Meire Jane Oliveira, destaca a relevância da campanha e das ações realizadas pela unidade. “A iniciativa tem como objetivo, principalmente, ter a detecção precoce do câncer de mama. Hoje, sabe-se que a descoberta nos estágios iniciais da doença aumenta as chances de cura do paciente. Então, é importante a realização das consultas e exames regularmente e a procura periódica de especialistas para que se evite um diagnóstico tardio. Nós, também, abraçamos essa causa e fazemos a nossa parte para curar vidas”, salientou.

Na Oncologia do Huse, os pacientes que chegam com o diagnóstico são atendidos em diversas especialidades médicas como oncologistas e radioterapeutas, além de equipe multidisciplinar especializada. Os usuários passam por consultas, exames e tratamento radioterápico, quimioterápico e cirúrgico. “Quando diagnosticado com o câncer, o tratamento é muito importante. Hoje, contribuímos bastante com a saúde do nosso estado porque estamos com a fila zerada para o tratamento de radioterapia e quimioterapia para os pacientes. Estamos bastante satisfeitos com o resultado do nosso trabalho diário porque demonstra o compromisso que o hospital tem com o paciente oncológico, fornecendo o melhor tratamento e acompanhamento”, enfatizou.

Casos como o da servidora pública, a técnica de enfermagem Alisse Almeida que descobriu o câncer de mama em abril de 2023. Neste mês de outubro, ela comemorou a sua última sessão de quimioterapia e redução do tumor. “Fui atendida por uma equipe excelente de médicos aqui no Huse após verificar uma alteração na minha mama direita. Sentia uma coceira e depois, um nódulo. Fiz uma ultrassonografia mamária no hospital e uma biópsia no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism). Recebi o diagnóstico de um tipo de câncer bastante agressivo e, graças a Deus, ainda em estágio inicial. O diagnóstico precoce foi muito importante. Apesar de agressivo, o tumor responde bem ao tratamento quimioterápico. Agora, neste mês tão especial, ganhei um grande presente que foi a minha última quimio e a redução total dos nódulos. A luta ainda não acabou, mas, é uma vitória de tantas que eu terei. Agora, vou fazer uma cirurgia e depois, radioterapia”, contou.

Diagnóstico precoce

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor maligno de mama feminina é um dos mais incidentes no país, correspondendo a 10,5% dos casos. Estima-se 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Em Sergipe, somente para 2023, são esperados 570 casos novos da doença.

A médica oncologista do Huse, Ana Clara Lopes, reitera a relevância da detecção precoce do câncer e fala sobre a importância das ações de prevenção. “Atualmente, já temos excelentes tratamentos e um índice de cura bastante significativo. Quanto mais cedo a gente descobrir e tratar, isso pode ser feito de uma forma menos agressiva e com chances de cura muito maiores. Toda mulher precisa conhecer o próprio corpo, o funcionamento, conhecer a sua mama e usar de formas simples, como apalpá-la, para que possa verificar sinais de alteração e buscar o acompanhamento adequado e a realização de exames”, frisa.

Exames

Entre os exames de acompanhamento e diagnóstico está a ultrassonografia mamária. O médico do Huse, André Vinicius Azevedo explica sobre a indicação e as principais evidências para a realização do método. “Principalmente, quando associada à mamografia, temos um aumento na sensibilidade do diagnóstico de câncer de mama. A ultrassonografia mamária é mais indicada, principalmente, para pacientes abaixo dos quarenta anos e, se tiver necessidade, complementa com outros métodos como a mamografia ou a ressonância mamária. Já acima dessa faixa etária, o exame é um método muito mais complementar. Quando falamos em mama, os exames de imagens são correlacionados para fechar um diagnóstico e, caso tenha necessidade, realiza-se algum método mais invasivo”, ressaltou.

Fonte: SES