Trabalhadores da saúde entram em greve dia 4 de agosto por tempo indeterminado


Os trabalhadores da saúde entram em greve no dia 4 deagosto. A decisão foi tomada em assembléia, realizada durante toda a manha do dia 25 de julho. Após duas propostas lançadas pelos trabalhadores, a paralisação foi aprovada por mais de 150 servidores presentes no auditório. O presidente do Sintasa, Augusto Couto, diz que eles ainda estão abertos a negociações. Afirma que questões de menor impacto, como as gratificações e o aumento do adicional de insalubridade, podem ser discutidas de imediato para evitar a greve. Mas até o momento, o secretário Rogério Carvalho não se pronuncia e deixa que a greve aconteça.


“A decisão, segundo Augusto Couto, é uma forma de desabafo e descontentamento às negociações que estão sendo realizadas com a Secretaria Estadual de Saúde. O debate em torno da campanha salarial foi atravessado pela discussão do projeto de fundação que o secretário de Saúde, Rogério Carvalho vem impondo sem discussão com a categoria”, informa.


O mais grave nisso tudo é que de acordo com Augusto Couto, o secretário Rogério Carvalho disse que a pauta só será atendida caso os servidores aderirem o projeto das Fundações. “A categoria não aprova a fundação, porque ela retira vários direitos históricos dos trabalhadores, como a estabilidade e o fim do regime estatutário”, diz Maria das Graças, diretora do Sintasa.


Outro ponto que está revoltando a categoria para partir para uma greve é com relação ao prazo dado por Rogérgio Carvalho a respeito dos 90 dias de espera para a conclusão do estudo que define a carga horária e a remuneração da categoria nesse sistema.


Com a greve a partir do dia 4 de agosto, o atendimento nos principais postos de Saúde vão ficar comprometidos. O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Parreira Horta, a Maternidade Hildete Falcão e até os hospitais do interior, vão ser atingidos com a paralisação.


O presidente do Sintasa, Augusto Couto, pede a compreensão de todos e da população durante o perído da greve. Para isso, segundo ele, será entregue uma carta aberta à população explicando as péssimas condições de trabalho e os salários baixos dos profissionais da saúde. Só no HUSE, são mais de 2.000 trabalhadores que vão cruzar os braços. Apenas os 30% conforme diz a Lei serão respeitados pelo Sintasa.