Neste mês de novembro inicia a Campanha Novembro Azul, que chama a atenção para o diagnóstico precoce do câncer de próstata e também para a saúde do homem de forma global. O câncer de próstata, é o sexto tipo mais comum de câncer no Brasil e o segundo mais frequente em homens, após os tumores de pele. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados para este ano 68.220 novos casos. Muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer, porém, a medicina tem evoluído para proporcionar aos pacientes tratamentos menos invasivos e cada vez mais eficazes. A tecnologia mais moderna para o tratamento da doença é a Terapia Focal, que trata o câncer de próstata e evita a complexa cirurgia para a retirada do órgão, um grande avanço da tecnologia no tratamento dessa doença.
De acordo com o urologista oncológico da Onco Hematos, Dr. Igor Nunes, que é especialista em Terapia Focal e Cirurgia Robótica pela Universidade de Paris, na França, essa nova tecnologia de ponta permite tratar o câncer sem causar lesões cirúrgicas e limita o impacto dos potenciais efeitos colaterais da cirurgia na qualidade de vida do paciente.
“Esse tratamento não-invasivo usa uma tecnologia francesa que destrói o tumor através da emissão de energia ultrassônica focada de alta intensidade (Hifu). Essa tecnologia alcança os maiores níveis de preservação da continência e ereção após o tratamento e elimina o trauma cirúrgico da retirada do próstata no paciente. Ou seja, possíveis danos aos nervos da ereção e aos músculos da continência urinária, que podem ocorrer durante a cirurgia para retirada da próstata, são evitados com a Terapia Focal”, explica.
O urologista enfatiza que a técnica destrói exclusivamente a área do tumor preservando os tecidos saudáveis vizinhos à próstata. Segundo ele, existem vantagens exclusivas desse tratamento. “Com a terapia focal há a preservação da qualidade de vida do paciente; permite um tratamento 100% personalizado, caso a caso, de acordo com cada tipo de tumor de cada paciente; ausência de cortes, cicatrizes ou sangramento; alta hospitalar no mesmo dia; retorno precoce ao trabalho e ainda possibilita tratar recidivas do câncer em pacientes que foram previamente tratados com radioterapia”, afirma.
“Comecei a tratar pacientes com essa tecnologia em 2016 na França. Aqui no Brasil, recebemos o equipamento neste ano em São Paulo, e já estou tratando os pacientes de Aracaju com essa nova tecnologia. Além do controle do câncer, preservar a qualidade de vida (continência e ereção) após o tratamento é algo altamente valorizado no processo de decisão durante a escolha do tratamento pelos pacientes. Estamos lidando com o Estado da Arte da Tecnologia, uma era onde tecnologia e medicina andam lado a lado em benefício dos pacientes”, diz Dr. Igor Nunes.
Diagnóstico Precoce
No Brasil, a recomendação é que homens sem fatores de risco para o câncer de próstata comecem o rastreamento a partir dos 50 anos. Aqueles com alto risco, como os que têm um parente de primeiro grau com diagnóstico antes dos 65 anos, devem começar aos 45 anos. “A baixa taxa de diagnóstico precoce está fortemente associada a dois fatores principais: o fato dos homens não terem o hábito de ir ao médico regularmente e o tabu em relação ao toque retal, um dos exames mais tradicionais para identificar a doença, além do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico), feito no sangue”, finaliza.
Ascom/Onco Hematos