Resolutividade dos Hospitais Regionais contribui para desafogar o HUSE

“Minha família sempre foi muito bem atendida. Acompanhei uma afilhada que teve um corte profundo e, aqui mesmo, ela teve todo o tratamento. Para quê ir ao Huse se tem um hospital que atende as nossas necessidades bem perto da minha casa?”. Esse é o agradecimento da aposentada Judite Barbosa, 68, moradora de Itabaiana e que, sempre que precisa, recorre ao Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho.
 
Assim como dona Judite, milhares de sergipanos buscam os seis Hospitais Regionais (Itabaiana, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Lagarto, Propriá, Nossa Senhora da Glória) para o atendimento de urgência e emergência de baixa e média complexidade. A resolutividade no interior reflete na fluidez do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), destinado para atendimentos mais complexos, e assim, evitando a superlotação.
 
“A melhoria na assistência descentralizada contribui bastante para a redução do número de transferências dos pacientes para o Huse. Hoje, 80%dos casos que chegam aos Hospitais Regionais são atendidos e resolvidos nas próprias unidades. Vão ao Huse apenas os casos de maior complexidade no atendimento. Essa resolutividade consolida o posicionamento da rede hospitalar sergipana”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Sobral. 
 
Ainda segundo gestor, “os números não podem ser negados. Temos uma boa cobertura. Somos compreensíveis quanto à necessidade de buscar mais recursos. O Estado continuará investindo para avançar em todos os Hospitais Regionais e desafogar ainda mais o Huse. Temos que cuidar do funcionamento da Rede que está operando e atendendo”.
 
“O funcionamento dos Hospitais Regionais é de grande importância para que o Huse respire. Com a rede funcionando, está freada a chegada do paciente no Huse”, disse Lycia Diniz, superintendente do Huse.

Huse
 
Somente no mês de março, o Huse realizou 15.268 atendimentos e  1791 internações. Os atendimentos na ortopedia e sala de sutura somaram 3561 usuários. Somente na Ala azul e com baixa complexidade foram 4393 pacientes atendidos e 565 internações.
Na pediatria foram registrados na área azul pediátrica, 1780 atendimentos. No ambulatório de retorno, 1311 pacientes foram atendidos. Já no Pronto Socorro, foram 996 atendimentos. No mês de março, o Huse realizou 602 cirurgias nas mais diversas especialidades.
 
UTI
 
A presença de leitos críticos no interior também tem sido importante para evitar a sobrecarga do Huse. Sergipe é um dos três estados (junto com Minas Gerais e São Paulo) que tem o número de leitos de UTI acima do que é recomendado pelo Ministério.
 
São 294 leitos de UTI, sendo 96 em unidades particulares, dos quais 26 são contratados pelo SUS, ou seja, 70 são particulares e os 224 na rede hospitalar pública e filantrópica, consolidando que mais de 75% dos leitos críticos do Estado são do SUS. Em 2007, a UTI do Huse possuía 19 leitos, sendo 6 pediátricos e 13 para adultos. Hoje, são 75 leitos, sendo 65 UTI Adulto, 10 leitos de UTI Pediátrica.
 
Os leitos de UTI foram também regionalizados com a implantação de 10 leitos no Hospital Regional de Lagarto e outros 10 no Hospital Regional de Itabaiana, além dos leitos de isolamento em todas as UTIs. Com a abertura dos 10 leitos de UTI em Estância, que estão prontos, na dependência da contratação de médicos intensivistas (que é a grande dificuldade por conta da baixa disponibilidade no mercado) e a implantação dos novos 7 leitos de UTI pediátrica, Sergipe será modelo em oferta de leitos de UTI para o Brasil.

“Sergipe nos orgulha porque possui leitos de UTI na capital e em duas regionais: Lagarto e Itabaiana. Os leitos estão bem distribuídos, o que mostra um fortalecimento do SUS, e o Governo não mede esforços para ampliar a oferta. Para viabilizar o atendimento de urgência a população e diminuir a incidência de atendimentos nos hospitais regionais, foram implantadas salas de estabilização em 22 Clínicas de Saúde da Família 24 horas pelo interior. Todas co-financiadas pelo Governo do Estado”, destaca Márcia Guimarães, diretora Operacional da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).
 
Na semana passada, o Governo do Estado doou, através de um Termo de Comodato, equipamentos para compor a Sala de Estabilização do Hospital Santa Cecília, unidade filantrópica de Aquidabã. O Termo de Doação em Comodato contempla Maca Hidráulica, Cardiorespirador, Eletrocardiógrafo, Carro de Emergência, Monitor Multiparamétrico, Ventilador Pulmonar, materiais e medicamentos para o Carro de Emergência. Juntos, todos esses itens totalizam o investimento estadual de aproximadamente R$ 100 mil.

Fonte: SES