No próximo dia 27 é o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino. Por conta desta data, se criou o Março Azul Marinho, uma campanha de alerta para o Câncer Colorretal, segundo tipo de tumor mais incidente na população brasileira (ficando atrás do câncer de próstata em homens e mama em mulheres) e é o terceiro que mais mata no país.
O câncer colorretal (CCR), que atinge o intestino grosso ou o reto, é um dos tumores malignos mais frequentes e que mais mata em todo o mundo. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o Brasil, estimam para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a uma estimativa de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres.
Segundo a oncologista clínica Renata Reis, da equipe Onco Hematos, que integra a Rede AMO, Assistência Multidisciplinar em Oncologia, os principais fatores de risco são: idade, excesso de peso, dieta pobre em fibras, consumo de carnes processadas e alta ingestão de carne vermelha. “Outros fatores estão relacionados a história familiar de câncer colorretal ou outros cânceres, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e presença de doença inflamatória intestinal”, explicou a médica.
Os principais sinais e sintomas são a presença de sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, principalmente alternância entre diarreia e constipação, perda de peso sem causa aparente, dor abdominal e anemia. É importante lembrar que a doença pode ser silenciosa e só apresentar sintomas em estágios mais avançados.
O diagnóstico é confirmado com a biópsia tumoral, normalmente realizada através da colonoscopia. O tratamento é multimodal e depende da fase e da localização da doença. Cada caso é avaliado individualmente e pode estar indicada cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
A oncologista Renata Reis ressalta a importância da prevenção e do estímulo aos hábitos saudáveis. “A prevenção se baseia na manutenção do peso corporal adequado, alimentação saudável, atividade física e eliminação do tabagismo”, enfatizou.
A doença tem cura, principalmente quando o diagnóstico é feito precocemente e se inicia o tratamento. A OMS preconiza que pacientes assintomáticos, homens e mulheres, realizem exames de rastreamento para câncer colorretal a partir dos 50 anos. Um dos exames utilizados é a colonoscopia que pode detectar lesões pré-malignas e retirá-las, esse procedimento evita o desenvolvimento da doença.
Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, maiores as chances de cura.
Ascom/Onco Hematos