Novos resultados dos exames laboratoriais finalizados na manhã desta quinta-feira, 11, revelaram um caso novo de infecção pela KPC. No total, temos 19 pacientes positivos para KPC, 5 infectados e 14 colonizados (estão com a bactéria mas sem infecção confirmada). Cinco outros pacientes tiveram resultados NEGATIVOS somando-se aos 26 anteriores.
Assim, do total de 54 pacientes das UTI-1 e UTI-2, 57% (31 pacientes) já têm exame negativo confirmado. Aqueles com cultura positiva para KPC são 35% (19 pacientes). A taxa de mortalidade em pacientes com infecção pela KPC manteve-se em 3,7% (2/54) e de 5,5% (3/54) em pacientes colonizados, nestes últimos, os óbitos ocorreram por outras causas clínicas (cardíacas, neurológicas).
Os resultados de culturas já nos permitem movimentar com segurança os vários pacientes em condições de alta nas UTIs para uma Unidade de internamento, mas de Contenção, assim viabilizando monitoramento de todos os casos. Esta unidade funcionará no HUSE e estava sendo estruturada nos últimos dias com esse objetivo. Assim estaremos fazendo a liberação da UTI 1 para admissões, até o próximo sábado, 13.
Os pacientes já sabidamente negativos poderão sair da Unidade após novo resultado negativo da segunda cultura consecutiva de vigilância, colhida com intervalo mínimo de uma semana após a inicial.
Informamos que os pacientes que estão no HUSE que vão ser transferidos ainda hoje para o Hospital da Polícia Militar, NÃO são pacientes suspeitos de KPC ou que tiveram contato com pacientes suspeitos.
As transferências para o HPM são de pacientes que possuem estimativa de longa permanência para tratamento, essa estratégia visa aumentar oferta de vagas internas no HUSE no atendimento a demanda cirúrgica.
O esforço conjunto do SCIH, Microbiologia e Infectologia do HUSE, com total apoio operacional e logístico da Direção do HUSE, da FHS e SES tem permitido o monitoramento contínuo dos pacientes expostos a KPC nas UTIs e o controle efetivo de seu estado clínico e epidemiológico com culturas de vigilância, isolamento de contato, orientação dos profissionais, viabilização de novos espaços físicos e contenção efetiva da potencial disseminação dessa bactéria para outras unidades do hospital.
Voltamos a salientar que bactérias multirresistentes não são ameaça para pessoas saudáveis, sejam profissionais de saúde, familiares ou acompanhantes de pacientes portadores.
Dra Iza Maria Fraga Lobo / Infectologista CRM 2316
Chefe do Núcleo de Epidemiologia, Controle de Infecção e Segurança do Paciente