Estudo indica colesterol “ruim” como um dos causadores da síndrome metabólica


A pequena porção de colesterol “ruim” (LDL) que sofre oxidação pode ser mais uma das causas da síndrome metabólica, segundo estudo da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica. A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes, incluindo obesidade abdominal, hipertensão arterial, triglicérides e glicose altos, e baixos níveis do “bom” colesterol (HDL).


Avaliando dados de um estudo com quase 2 mil participantes com idades entre 18 e 30 anos, acompanhados por 20 anos, os cientistas descobriram que aqueles com os mais altos níveis de LDL oxidado eram três vezes e meia mais propensos a desenvolver a síndrome metabólica.


Entre o 15º ano após o início da pesquisa e o 20º ano, quase 13% dos participantes desenvolveram a síndrome metabólica, ou seja, apresentaram três ou mais fatores de risco para doenças cardiovasculares. E, além de ser diretamente associado à síndrome, os altos níveis de LDL aumentavam em duas vezes o risco de obesidade abdominal, e de altos níveis de glicose e triglicérides no sangue.


Os autores destacaram que os resultados não permitem concluir que o LDL oxidado é um marcador do desenvolvimento de síndrome metabólica. Porém, segundo eles, “a forte associação do LDL oxidado com a incidência da síndrome metabólica é consistente com um papel causal”.


Fonte: The Journal of the American Medical Association