Empresários e comerciantes reivindicam fiação subterrânea no centro comercial de Aracaju

Diante dos inúmeros transtornos causados pela fiação exposta e pendurada pelas ruas do Centro comercial de Aracaju, empresários e comerciantes estão cobrando dos gestores públicos uma providência para o problema. “É triste o descaso com uma região onde o comércio é forte, como a do Centro da cidade. São vários fios quebrados e pendurados nas ruas e calçadas, chega a ser perigoso uma pessoa se enganchar e se machucar “, lamentou Ilza Prado, comerciante e gerente de loja.

A empresária relata que já encaminhou ofícios à prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), solicitando providências para este e outros problemas. Além da fiação elétrica, Ilza Prado cita o número de ambulantes ocupando a frente das lojas e o afundamento do piso dos calçadões. “Infelizmente não obtive nenhuma resposta. É desrespeitoso conosco, que pagamos nossos impostos e contribuímos com a economia da cidade e não temos nenhum retorno, nem atenção”, desabafou.

Para o empresário Fábio Andrade, que tem um salão de beleza localizado em um dos calçadões, a fiação exposta, quebrada, pendurada e amarrada nos postes, causam uma impressão de abandono. “Cada empresa de telefonia e internet instala sua fiação e deixa nos postes um emaranhado de fios, deixando um aspecto muito feio, de abandono e degradação muito grande”, exemplificou, complementando que toda essa poluição visual depõe contra o Centro Histórico e Cultural da cidade.

Comerciantes e empresários instalados na região central de Aracaju são enfáticos em destacar a força do comércio como fonte de geração de emprego e renda que movimenta a economia da cidade. Eles apelam para uma grande mobilização da sociedade civil em defesa da região, não só pela questão comercial mas também pelo significado histórico, cultural e turístico. “Há anos esse problema se arrasta e nenhum gestor o encarou de frente e a situação vem só se agravando. Tá na hora de mudar esse cenário e a solução que propomos é a instalação subterrânea de todo esse equipamento”, defendeu Fabio Andrade.

A classe empresarial ali instalada reconhece que é uma obra onerosa e que causará transtornos, mas defende que se faz necessária e será um marco para a história do Centro Comercial, quando isso acontecer. “Nós acreditamos que trazer a modernização para o Centro é acima de tudo trazer um olhar diferenciado para todas as questões, inclusive essa que é também uma questão ambiental”, afirmou Fábio Andrade, lembrando que a obra é viável e já foi realizada há anos atrás no calçadão da João Pessoa.