Começou nesta segunda-feira, 19, a Campanha de Multivacinação nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital. A campanha realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Prefeitura de Aracaju por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) segue até o dia 30, e tem como principal objetivo regularizar as vacinas pendentes da população aracajuana, em especial menores de cinco anos, crianças de nove anos e adolescentes de 10 a 15 anos incompletos.
Estarão disponíveis as vacinas: BCG, Pentavalente, Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Tríplice Viral, DTP infantil, contra varicela, contra poliomielite (VIP e VOPb), contra hepatite A, contra a hepatite B, entre outras. Já para o grupo de adolescentes de 9 e 14 anos, estarão disponíveis as seguintes vacinas: Tríplice Viral, Dupla Adulto, contra hepatite B e contra HPV; esta última específica para meninas entre nove e 13 anos.
De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização do município, Débora Moura, a meta é conseguir fazer com que todos aqueles que estiverem com vacinas atrasadas preencham o cartão. “Essa é a nossa principal meta, visto que acreditamos que um número pequeno de usuários tenha vacinas a serem tomadas, em especial adolescentes meninas, que tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV, mas não voltaram para tomar a segunda, que é a que verdadeiramente protege contra o vírus”, explicou.
Dia D
A campanha que vai até o dia 30 de setembro em todas as USFs, inclusive nas de horário estendido, terá o dia 24 (sábado) como dia D de vacinação, que acontecerá na nova Unidade Básica de Saúde do bairro Ponto Novo, a UBS Marx de Carvalho, às 8h. Na oportunidade, todas as unidades da capital também estarão abertas durante todo o dia, para atendimento ao público. A vacinação não terá meta a ser alcançada, uma vez que se trata de completar os esquemas vacinais das crianças e adolescentes. Assim, somente ao final da campanha será possível fazer um balanço de quantas doses dos 14 tipos de vacinas foram aplicadas.
MUDANÇAS NO CALENDÁRIO – Em janeiro de 2016, o ministério promoveu alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas. Mudanças deste ano:
POLIOMIELITE – O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio. Vale ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.
HPV – O esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
MENINGOCÓCICA – O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
PNEUMOCÓCICA- Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente. Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
PNI – Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015.
Com informações do Ministério da Saúde e da Ascom/SMS
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