Coopanest distribui brinquedos para bebês com Microcefalia

Nesta quinta-feira, 9, a Cooperativa dos Anestesiologistas de Sergipe (Coopanest) participou de mais uma celebração de aniversário de um ano dos bebês com Microcefalia que são atendidos pelo Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS). A comemoração foi simbólica e contemplou 20 crianças. A Coopanest participou da ação distribuindo brinquedos educativos como presentes.

De acordo com o vice-presidente da Coopanest, José Eduardo de Assis, o objetivo é ajudar as famílias no desenvolvimento e no suporte para essas crianças. “Elas têm algumas necessidades importantes, como materiais de primeiras necessidades como fraldas, lenços umedecidos e agora nessa etapa do desenvolvimento, é essencial brinquedos para desenvolver essas crianças. Existem brinquedos bons para a percepção, para o tato, para a audição e isso ajuda na parte de terapia ocupacional”, afirmou.

José Eduardo ainda destaca o compromisso que a cooperativa tem com a sociedade. “A solidariedade é um dos pilares do cooperativismo. Então toda cooperativa tem como princípio básico tentar ao máximo fazer uma certa ajuda para a população. Sabemos que muitas dessas famílias têm muitas dificuldades, porque são do interior e precisam vir para cá fazer o tratamento e acompanhamento de seus bebês. Ainda bem que o HU é um ponto de apoio fortíssimo. Tanto no atendimento às crianças como no suporte às mães. Essas crianças precisam de fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e a Coopanest solicita ajuda de todos para arrecadar brinquedos para estímulo da sensopercepção. São brinquedos diferenciados e ajudam bastantes nas equipes de suporte que acompanham essas crianças. É uma satisfação colaborar com esse grupo do HU há mais de dois anos”, acrescentou.

A assistente social do Ambulatório de Microcefalia do HU, Maciela Rocha, afirma que desde a criação do ambulatório (em dezembro de 2015) mais de 100 crianças com suspeitas de Microcefalia já foram atendidas, sendo que em mais de 60 crianças foi confirmada a doença. “Até hoje elas são acompanhadas e ao longo desse primeiro ano de vida fizemos muitos trabalhos com essas mães e porque não fazer uma festa para comemorar esses desafios e descobertas. Então esse momento é de celebração pela vida desses pequenos, de muita alegria para os profissionais e principalmente para as famílias, que muitas vezes não têm condições financeiras de realizar a festa de aniversário de seus filhos”, frisou a assistente social ressaltando que a Coopanest tem sido parceira fundamental na realização desses eventos.

O caminhoneiro Gregori Silva Souza é pai da pequena Sara Sophia, de um ano e um mês. Para ele, a Microcefalia ainda era algo novo e desconhecido. “Essa doença ainda é complexa, logo no início a gente não sabia como lidar com isso, mas aqui no HU encontramos uma estrutura boa que ajuda nossas crianças. Eles passam no dia a dia muito conhecimento para a gente, porque o desenvolvimento dela é maior em casa. Então a capacitação que eles passam para fazer em casa com ela foi o que fez com que ela se desenvolvesse tanto”, ressaltou Gregori, que mora em Muribeca, agradecendo ainda a oportunidade de realizar esse momento de comemoração para sua filha, que completou um ano de vida em fevereito.

Para Lorrane Santos de Oliveira, mãe de Lorena Oliveira Santana, a descoberta de que sua filha tinha Microcefalia foi muito difícil. “Apesar da dificuldade, graças a Deus e aos profissionais que acompanham a gente até aqui, o sofrimento tem amenizado bastante. Eu sou moradora de Nossa Senhora da Glória e desde que ela nasceu venho ao HU para fazer o acompanhamento. No início eu vinha duas vezes por semana, agora estou vindo três a quatro vezes no mês, porque faço a fisioterapia lá. Hoje é um dia muito importante tanto para as crianças como para os pais, pois certas pessoas acham que porque nossas crianças são especiais elas têm restrições das outras crianças. Mas esse evento mostra que nossas crianças devem ser tratadas como as outras, apenas sendo tratadas de forma especial”, disse a mãe.

Fonte/Foto: Ascom Coopanest