Por meio do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes deu continuidade à imunização de bebês prematuros extremos, com broncodisplasia e de crianças cardiopatas com repercussão hemodinâmica (cianótica), contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). As doses foram aplicadas no Ambulatório de Retorno Maria Creuza de Brito Figueiredo, anexo da MNSL na última sexta-feira(26).
O medicamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para prematuros de até um ano de idade e crianças que nasceram com baixo peso até completarem dois anos. A prevenção tem ainda como finalidade, minimizar os sintomas da patologia, reduzindo em até 55% as internações em situações graves. É o que informa a médica de referência do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), Ângela Marinho Barreto Fontes.
Ela explicou o cronograma de utilização do medicamento Palivizumabe, que começou no último dia 22, quando foram aplicadas 40 doses e hoje mais 30, totalizando 70 crianças imunizadas.
Anticorpos
Ângela explicou que o Palivizumabe é um imunobiológico que se baseia na aplicação de anticorpos prontos na criança, para evitar uma infecção causada pelo vírus respiratório. “Esse vírus, para uma criança que não tem nenhuma patologia, pode até gerar um simples resfriado, ou uma pneumonia leve, mas para essas crianças que têm indicação com cardiopatias e doenças pulmonares, pode ser fatal”, observou a médica.
“Buscamos sempre aplicar nas crianças do Ambulatório de Retorno, nas crianças da maternidade, nas que estão internadas no Hospital Universitário, no Hospital Santa Isabel e no Hospital do Coração, além de crianças que estão sendo acompanhadas pelos ambulatórios dos médicos do SUS. Estamos utilizando o ambiente do ambulatório já que são crianças ligadas a rede Sistema Único de Saúde”, atentou Ângela.
O medicamento é recebido do Ministério da Saúde pela SES. O Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), a área técnica de saúde da criança e a assistência farmacêutica fazem o calendário de aplicação do Palivizumabe
“Para essa aplicação, geralmente temos um cronograma anual que é passado um mês antes para montarmos um esquema de agendamento. Optamos em fazer por horários para não ter aglomeração nesse momento crítico”, completou a médica.
Flávia Wenia dos Santos, mãe de Pamela Aniely Santos, disse que a filha nasceu na Nossa Senhora de Lourdes, prematura com 1.500kg. “Hoje ela está com sete meses e faz acompanhamento no ambulatório, com geneticista, fisioterapeuta, o pediatra e o neonatologista. Tudo o que eu preciso para a minha filha eu encontro aqui. A equipe multidisciplinar é sempre presente, o atendimento é ótimo”, disse.
A técnica de Enfermagem, Marlene Jesus Pereira, informou que a quantidade da medicação depende do peso da criança. Essa medicação é dada por cinco meses consecutivos, depende da patologia e da indicação do médico.
A gerente do ambulatório, Catharina Correa, reforçou que, visando fortalecer os bebês do Ambulatório de Seguimento contra o vírus sincicial respiratório na sazonalidade 2021, foi iniciado dia 22/02 a primeira das cinco doses do anticorpo Palivizumabe. “Em meio à crise atual da saúde, a logística da Palivizumabe se torna ainda mais relevante na vida das crianças e das famílias”, concluiu Catharina.
Fonte: SES
Fotos:Ascom SES