Produzido e enviado para a revista Research, Society and Development, o artigo é resultado do programa de Iniciação Científica da Unit, cuja assinatura da egressa de Psicologia Mara Dantas Pereira endossa a parceria com os pesquisadores do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana, Departamento de Psicologia da Unit. Mara é membro do – LABIMH/Unit.
A pesquisa de Mara Dantas conta também com a coautoria da psicóloga, professora e preceptora/Unit Claudia Mara de Oliveira Bezerra e da psicóloga, mestranda em Psicologia/UFAL Leonita Chagas de Oliveira. Participam também como coautores os pesquisadores do LABIMH/Unit Míria Dantas Pereira, Cleberson Franclin Tavares Costa, Cristiane Kelly Aquino dos Santos e Estélio Henrique Martin Dantas.
A ideia para sua realização partiu da percepção da escassez de pesquisas voltadas à Saúde Mental no Brasil, razão pela qual os resultados obtidos a partir do aprofundamento dos estudos se destinam à população em geral, aos profissionais de saúde e àqueles que atuam na área da Saúde Mental.
“A pesquisa é uma revisão integrativa da literatura baseada nos conhecimentos de publicações científicas nacionais e internacionais e tem como finalidade estabelecer um informativo geral sobre o que está disponível na literatura, a partir dos autores utilizados no estudo. Em síntese, realizamos uma análise sobre as consequências na saúde mental advindas do período de isolamento social durante a pandemia da COVID-19 e de prenunciar estratégias de enfrentamento para minimizá-las”, explica a professora preceptora Claudia Mara.
O artigo sugere que algumas estratégias de enfrentamento psicológico podem ser utilizadas pelos profissionais de Saúde Mental, pela população em geral e os líderes governamentais para colaborar com enfrentamento de situações de crise, como também na prevenção, desde o recurso do atendimento psicológico on-line, a teleconsulta, até a assistência social, além de uma comunicação clara e informativa sobre estratégias para redução do estresse, ansiedade e o fundamental suporte social.
“Salientamos que os profissionais de Saúde Mental podem contribuir com a realização de intervenções psicológicas no decorrer da vigência da pandemia para minimizar impactos negativos e promover saúde mental, como também em momentos posteriores, quando os indivíduos necessitaram se readaptar e lidar com perdas e mudanças”, explica sua autora, Mara Dantas Pereira.
Análise sobre a constatação do tipo de comportamento e da forma como ele pode interferir para as mudanças comportamentais do indivíduo
O sentimento de inconstância e incerteza devido à pandemia da COVID-19 gera na população, manifestações de sintomas de ansiedade, que podem evoluir a um quadro de depressão, caracterizando-se por uma mudança brusca no estilo de vida, levando a irritabilidade, hábitos alimentares não saudáveis ou perda de apetite, interferência no sono, sentimento de culpa e perda de interesse por realizar atividades e hobbies, que antes eram prazerosos para estes indivíduos.
É preciso informar a população sobre os resultados positivos do isolamento social com o objetivo de impulsionar a sua adesão, como também citar a implementação bem-sucedida das medidas de isolamento social pela população chinesa, no qual foi possível erradicar a proliferação do vírus e a diminuição considerável de novos casos de COVID-19 no país. Ainda é preciso complementar que as ações e medidas de isolamento social devem ser transparentes e pautadas em evidências científicas, além de ser fundamental que sejam solidificadas por um bom diálogo entre os governantes e a população
Neste sentido, os profissionais de Saúde Mental podem oferecer importantes contribuições para o enfrentamento das repercussões dessa doença, que vem sendo considerada a maior emergência de saúde pública que a comunidade internacional enfrenta em décadas.
Nota-se que os profissionais de Saúde Mental podem contribuir com a realização de intervenções psicológicas no decorrer da vigência da pandemia, para minimizar impactos negativos e promover a saúde mental, como também em momentos posteriores, quando os indivíduos necessitarem se readaptar e lidar com perdas e mudanças.
A pesquisa conclui que estas ações, quando adotadas juntas, podem proporcionar grandes benefícios à população, reduzindo consideravelmente as consequências do isolamento social na saúde mental do indivíduo, além de atuar na prevenção de futuros transtornos psiquiátricos e sofrimento psíquico.
Ainda que a pandemia imponha desafios adicionais à atuação dos profissionais de Saúde Mental no Brasil e no mundo, ela também pode colaborar com o aprimoramento de práticas e da pesquisa em condições de crise, emergência e desastre.
Assessoria de Imprensa/Unit