Banco do Nordeste financia implantação de indústria em Sergipe Para ser líder no setor de embalagens, uma empresa deve utilizar tecnologia de ponta. O grupo Crown Cork & Seal Company Inc. tem essa base tecnológica em seus processos produtivos, máquinas e equipamentos e traz para Sergipe, a mais nova indústria de embalagens do Nordeste, a Arumã Produtora de Embalagens do Sergipe Ltda. Com um investimento total de mais de R$ 93 milhões de reais dos quais R$ 56 milhões de reais são financiados com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE – INDUSTRIAL), através da agência Aracaju – Centro do BNB. O grupo está concluindo a implantação de uma unidade industrial que atuará na fabricação de embalagens metálicas, envolvendo construções civis, máquinas e equipamentos nacional e estrangeiro e capital de giro. O empreendimento terá sede em Estância e faz parte do Grupo Econômico Crown, em atividades no Brasil desde 1942, com a Crown Cork do Brasil. Ainda na fase de implantação, o projeto vultoso, implantado num terreno de 24,2 hectares, surge para a produção de latas de alumínio no km 133 da Rodovia BR-101, em Estância/SE, utilizando tecnologia moderna num processo simplificado para produção de latas de 473ml, tendência nacional e uma inovação no segmento de latas de bebidas, e a tradicional lata de 350ml. Segundo o representante legal da empresa, Celso da Costa Santos, “a decisão da localização do empreendimento, levou em consideração a melhor logística para recebimento de matéria prima bem como no fornecimento das latas a seus principais clientes como a AMBEV, e a Coca-Cola.” A fábrica contará com 72 novos postos de trabalho, de mão-de-obra de avançado conhecimento técnico-operacional empregada nos processos produtivos e administrativos, recrutada em Aracaju e regiões circunvizinhas. A Arumã Produtora de Embalagens foi projetada para produzir durante 340 dias/ano, trabalhar 24 horas, em dois turnos de 12 horas com quatro equipes. Para o gerente da agência Aracaju-Centro, Noélio Pires da Rocha, este foi o maior financiamento concedido pelo BNB em Sergipe e se reveste grande importância para o Estado. “É um empreendimento de grande porte, considerando o seu impacto econômico e social, com a geração de empregos qualificados, renda e impostos, além garantir o fornecimento a preços competitivos a potenciais clientes já instalados no Estado.” Afirma, Noélio Pires. Processo de fabricação O processo de fabricação inicia-se como o corte da folha, onde se aproveita 85%, os 15% restantes, classificados com “scrap” são resíduos do processo e são devolvidos para o fornecedor de alumínio para o reaproveitamento na fabricação da matéria-prima. Dentro da cadeia de valor do segmento alimentos e bebidas, a indústria ARUMÃ se enquadra com agente transformador da matéria-prima em produto final (tampas e latas), direcionado sua produção à indústria de bebidas, que envasa o produto e repassa para os distribuidores e vendedores atacadistas. A partir daí, o produto vai para o varejista que oferta o produto para o cliente/consumidor final, última entidade da cadeia de valor e quem remunera a cadeia como um todo. Para o superintendente do Banco do Nordeste em Sergipe, Antônio César de Santana, a contratação da operação com a empresa ARUMÃ – integrante do grupo CROWN – reveste-se de extrema importância para o Estado. “O valor expressivo do investimento total da ordem de R$ 93 milhões, impulsiona o desenvolvimento estadual e afirma a potencial parceria do BNB com o governo do Estado, contribuindo no apoio financeiro às empresas atraídas para Sergipe dentro do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial – PSDI. São novos postos de trabalho que estão sendo gerados, e renda para a nossa população.” Afirmou o Superintendente. Perspectivas do mercado de alumínio Segunda dados da Revista Alumínio, edição 11, nos últimos 15 anos, a produção de alumínio no Brasil cresceu à taxa média de 3,9% ao ano, sendo de 3,2% ao ano na produção de metal primário e 10% ao ano a partir da reciclagem. O consumo aparente de produtos semimanufaturados no país elevou-se à taxa média anual de 6,4%. As exportações apresentaram avanço ainda mais expressivo, de 10,4% ao ano, o que viabilizou a elevação da oferta nacional desses produtos a um ritmo acelerado (7% anuais). Essa expansão expressiva da indústria do alumínio no Brasil se deu num ambiente de crescimento econômico relativamente baixo. Até 2015, o consumo mundial de alumínio deverá continuar se expandindo rapidamente. Recente estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizou projeções de elevação do consumo de alumínio para o Brasil e para o mundo em dois cenários distintos. O primeiro traduz o ritmo da atividade econômica em termos de demanda pelo metal, considerando a elasticidade-renda e o crescimento demográfico. Nesse cenário, o consumo mundial do metal cresce a uma taxa média de 3,7% ao ano até 2015, sendo que no Brasil esse movimento se mostra mais intenso, de 4,1% ao ano. O segundo cenário leva em consideração uma presença ainda maior das aplicações do metal, e, para o Brasil, também considera um ritmo de crescimento econômico maior, de 4,6% ao ano entre 2006 e 2015. O mercado de latas de alumínio no Brasil cresceu 13% em 2007 quando comparado com 2006 e em 2008 o crescimento foi de 9.5% atingindo o volume total de aproximadamente 14 Bilhões de latas vendidas no mercado de bebidas brasileiro. “A Região do Nordeste é aquela que tem apresentado o maior crescimento quando comparado a outras regiões, o que solidificou a decisão da Crown em fazer este investimento no estado de Sergipe.” Afirmou o representante da empresa, Sr. Celso da Costa Santos.