Alimentação escolar em Sergipe recebe investimentos e distribui refeições de qualidade

A alimentação nas escolas públicas estaduais de Sergipe, em 2024, consolidou-se como uma das políticas públicas significativas na Educação, alcançando resultados positivos de qualidade, diversidade e regionalização. Com um investimento total de R$ 55.354.643,76 nos últimos 12 meses, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), assegurou a distribuição regular das refeições para 318 escolas, beneficiando estudantes em todo o estado.

O cardápio da alimentação escolar, cuidadosamente planejado para atender às necessidades nutricionais dos estudantes, é composto de 42 itens, 19 dos quais são provenientes da agricultura familiar, como frutas, legumes, hortaliças e proteínas de origem animal. Entre os alimentos regionais ofertados em 2024, destacam-se a farinha de mandioca, o pão de macaxeira e o filé de camarão, que fortalecem a identidade cultural sergipana nas refeições escolares.

A logística da distribuição é gerenciada pelo Departamento de Alimentação Escolar (DAE), que utiliza o Sistema de Alimentação Escolar (Saesc) para monitorar a disponibilidade dos itens em cada escola. Esse monitoramento é fundamental e contínuo para evitar a falta de alimentos.

A diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, explica como funciona o processo de monitoramento. “Quando um alimento está prestes a acabar, a gestão escolar deve informar à Diretoria Regional de Educação (DRE), que, por sua vez, comunica ao DAE. Porém, o sistema Saesc nos permite monitorar o estoque em tempo real e só falta alimento se a escola não atualizar corretamente seus estoques”, afirma.

Novidades para 2025

Para 2025, a Seduc tem novidades planejadas para a alimentação escolar. O início do ano letivo contará com novos alimentos adquiridos por chamada pública, como tomate e maxixe, que integrarão o cardápio escolar, aumentando a diversidade nutricional. Outra novidade é que a Diretoria Regional de Educação 3 receberá produtos orgânicos, resultado de um mapeamento que identificou produtores locais especializados nesse tipo de cultivo.

Segundo Lucileide Rodrigues, a inclusão de produtos orgânicos nas escolas do agreste sergipano representa um avanço na qualidade da alimentação oferecida aos estudantes e no fortalecimento da agricultura sustentável. “Essa iniciativa contribui para uma alimentação mais saudável, além de incentivar práticas agrícolas sustentáveis no estado”, ressalta.

O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, enfatiza a importância da alimentação escolar como um dos pilares para a garantia de uma educação inclusiva e de qualidade. “Estamos muito atentos à necessidade de oferecer refeições balanceadas, que contribuam para o desempenho escolar e o bem-estar dos nossos alunos. A alimentação escolar é parte do processo educativo, pois reflete diretamente na capacidade de aprendizado e na permanência dos estudantes na escola. Este ano, avançamos muito, mas faremos ainda mais para fortalecer essa rede de apoio”, enfatiza.

Zezinho Sobral também salienta o impacto social e econômico da alimentação escolar. “Ao priorizar a compra de alimentos da agricultura familiar, estamos movimentando a economia das comunidades rurais e promovendo uma relação sustentável entre os produtores locais e as escolas. Essa iniciativa não apenas melhora a qualidade dos alimentos servidos, mas também reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico de Sergipe. Queremos que os estudantes tenham acesso a refeições saudáveis e adequadas, ao mesmo tempo em que impulsionamos práticas agrícolas sustentáveis e valorizamos a produção local”, acrescenta o secretário.

A estudante do Centro de Excelência Secretário de Estado Francisco Rosa Santos, Laura Stefane, conta que a alimentação escolar é muito importante para os alunos. “Muitas vezes passamos o dia inteiro na escola e precisamos de energia para aprender. Aqui, sempre temos refeições boas e saudáveis, com alimentos fresquinhos como frutas e verduras, além de pratos que têm a cara da nossa região. Eu acho incrível saber que boa parte da comida vem da agricultura familiar”, comenta.

A aluna do Centro de Excelência Leandro Maciel, Luna Kamilly, considera que a alimentação escolar faz toda a diferença no seu dia a dia. “Ter refeições de qualidade na escola me ajuda a prestar mais atenção às aulas, porque não fico com fome ou cansada. Eu sinto que isso mostra o cuidado que a escola tem com a gente”, afirma.

A merendeira do Centro de Excelência Paulo Freire, Rafaela Carvalho, explicou que preparar a alimentação dos alunos vai muito além de cozinhar; é um ato de cuidado e carinho. “É gratificante ver os estudantes se alimentando bem e comentando que adoram a comida da escola. Para mim, isso mostra que o trabalho é feito com qualidade. E saber que temos um sistema que evita a falta de alimentos nas escolas só reforça que o compromisso é sério. Como merendeira, fico feliz em fazer parte de um projeto que não só alimenta, mas também transforma vidas”, expressa.

Agricultura familiar

Um dos principais avanços em 2024 foi o fortalecimento da parceria com a agricultura familiar, que permitiu a aquisição de alimentos frescos e saudáveis. Os agricultores sergipanos passaram a fornecer frutas, hortaliças e proteínas para a alimentação escolar, fomentando a economia local e gerando renda para famílias do campo.

Pela primeira vez, o Governo de Sergipe lançou um edital, cujo investimento é da ordem de R$ 14,7 milhões, para garantir que o ano letivo já se inicie com esses alimentos nas despensas das 318 unidades de ensino. Outras novidades da chamada pública são as aquisições de tomate, quiabo e maxixe, este último considerado uma planta comestível não convencional (Panc). Também integra o leque de inovações a inclusão de produtos orgânicos destinados às escolas circunscritas à Diretoria Regional do Agreste Central Sergipano (DRE 3).

Uma consequência direta dos investimentos na Agricultura Familiar é que, pela primeira vez, a Seduc ultrapassou o mínimo exigido de 30% de produtos provenientes dessa modalidade, alcançando 33,4%, em 2023, de todos os gêneros alimentícios utilizados na alimentação escolar da rede pública estadual. A expectativa é de que, em 2024, esse percentual supere ainda mais.

“A Seduc tem priorizado a regionalização na compra da merenda escolar para facilitar a produção e a logística de distribuição e armazenamento. Isso já aconteceu, por exemplo, com a aquisição de camarão e melão”, explica a diretora do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), Lucileide Rodrigues.

Com os avanços implementados em 2024 e as inovações planejadas para 2025, a alimentação escolar em Sergipe garante que os estudantes tenham acesso a refeições ainda mais diversificadas e saudáveis, respeitando as tradições alimentares locais e promovendo o desenvolvimento econômico das comunidades agrícolas.

Fonte: Seduc

Foto: Maria Odília