A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é a única referência em Sergipe para gestantes e partos de alto risco. Ela também oferece tratamento e acompanhamento de bebês prematuros. Desde 2007 em funcionamento, a unidade presta assistência com equipe multidisciplinar especializada em alta complexidade e realiza uma média de 400 partos por mês e 900 atendimentos.
De janeiro a setembro de 2024 foram realizados 3.636 partos, destes, 2.011 foram cesáreos e 1.625 normais. Desde o segundo semestre de 2023, a SES implantou a política de referenciamento da MNSL, que é receber somente pacientes reguladas de outros serviços, por meio do Núcleo Interno de Regulação (NIR) ou através da Central de Regulação de Urgência (CRU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) e não por demanda espontânea.
“O objetivo é somente admitir pacientes de alto risco, mas ainda atendemos um grande número de gestantes de risco habitual”, informou a superintendente da MNSL, Lourivânia Prado. Ela explica que para ter uma ideia, no mesmo período, de janeiro a setembro de 2024, foram realizados 8.668 atendimentos no setor de Admissão da maternidade (uma média superior a 900 atendimentos mensais) e, destes, 5.399, ou seja, 62% foram gestantes de alto risco e 3.269 foram de risco habitual (38%).
As enfermidades mais predominantes nas gestantes admitidas na unidade são as síndromes hipertensivas, como hipertensão arterial e a eclâmpsia, por exemplo, com 1.692 casos no período, a diabetes mellitus gestacional, com 1.064 casos, e as diabetes mellitus tipos 1 e 2, com 104 casos. “Gestantes de alto risco que apresentam queixas não relacionadas à gestação, por exemplo, gripe, viroses devem procurar atendimento em unidades clínicas das regionais”, orientou a gerente da Admissão, a enfermeira Angélica Aragão.
A dona de casa Nayara Lima dos Santos, 35, descobriu, já no último trimestre de gestação, a diabetes gestacional e que o parto era de risco. “Eu fui encaminhada para esta maternidade por ser especializada em alto risco. Fiquei internada para esperar completar 37 semanas e tive Maria Alice de parto cesárea. Ela nasceu com um problema de má formação congênita. Ao todo fiquei 21 dias internada, depois fui encaminhada ao Ambulatório de Seguimento (antigo Follow-up) para fazer o tratamento da minha filha. Gostei demais do atendimento e do cuidado comigo e com a minha bebê”, disse.
Fonte: SES