A Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) se reuniu na manhã desta terça-feira, 4/3, com secretários de saúde de todo o Estado para reforçar a importância de os municípios intensificarem as ações de controle e combate à dengue. O encontro aconteceu no Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju, durante a assembléia ordinária do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Sergipe (Cosems/SE).
De acordo com a gerente de Antropozoonoses da Secretaria, Sidney Sá, 737 casos da doença já foram notificados desde o início do ano, dos quais 170 foram confirmados através de exame. “O Governo elaborou um plano de intensificação que envolverá obrigatoriamente os gestores dos 75 municípios sergipanos. Inclusive, o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, está em Brasília para apresentar ao Ministério nossa proposta de mobilização e especificar tudo o que a gente precisa para controlar efetivamente a dengue em Sergipe”, disse Sidney.
“O crescimento do número de casos não deve ser motivo de pânico para as pessoas. No entanto, precisamos alertar os gestores e a população sobre a necessidade de reforçar as ações de combate à doença. A dengue não pode ser banalizada”, frisou a gerente, acrescentando que na próxima sexta-feira, 7, técnicos da SES se reunirão com médicos e enfermeiros das redes básica e hospitalar para fazerem um novo alerta sobre o tema.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Giselda Melo, destacou que o Governo vem se empenhando desde o ano passado para intensificar as ações na área. “Realizamos uma série de atividades sobre a dengue. Só nos meses de novembro e dezembro, foram capacitados médicos, enfermeiros e agentes comunitários do Programa de Saúde da Família, profissionais da rede hospitalar da capital e do interior, coordenadores de endemias dos municípios e digitadores do sistema de informações sobre a doença”, comentou Giselda.
Notificação
Para a técnica responsável pelo programa estadual de controle da dengue, Maria das Graças Boaventura, o diagnóstico é imprescindível para que haja um controle maior sobre a situação. “Como os sintomas são semelhantes aos de outras viroses, muitos casos deixam de ser notificados. Diante da suspeita, o ideal é se submeter ao exame laboratorial, pois a confirmação só é possível dessa forma”, afirmou. Para notificar os casos confirmados da doença, o cidadão deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa.
“Os gestores que deixam de notificar e confirmar os casos da doença põem em risco não só a população de seus municípios, mas de cidades vizinhas também. Aracaju, por concentrar a maior população do Estado, tem sido o alvo principal das ações de combate. Entretanto, outras cidades também merecem atenção especial, a exemplo de Tobias Barreto, Neópolis, Propriá e Canindé do São Francisco, municípios que fazem fronteiras com Estados têm histórico de epidemia”, concluiu Graça Boaventura.