Saúde apóia capacitação para travestis e transexuais do Nordeste


A Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou quinta-feira, 13/12, de uma capacitação para 35 travestis e transexuais que representam lideranças de movimentos e associações nos estados do Nordeste. A atividade, que acontece desde terça-feira, 11/12, no Aracaju Praia Hotel, conta não só com o apoio logístico da Secretaria, mas com a participação de profissionais da Atenção Básica e do programa de DST/AIDS.


 


O curso é uma iniciativa do projeto Tulipa, executado em todo país pela Articulação Nacional de Transgêneros, com apoio do programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde. “Buscamos sempre o fortalecimento de grupos e lideranças de transgêneros que assumam o compromisso de desenvolver em suas regiões o trabalho de promoção da cidadania e da prevenção às doenças sexualmente transmissíveis”, disse Tathiane Araújo, coordenadora regional do projeto.


 


O médico Almir Santana, técnico responsável pelo programa estadual de DST/AIDS, destacou que um dos principais objetivos do curso é formar multiplicadores para as ações de prevenção. “Um assunto importante que nós debatemos se refere às estratégias de convencimento que elas precisam ter para fazer com que seus parceiros ou clientes usem a camisinha”, disse, ao comentar que a maioria das travestis é profissional do sexo.


 


A capacitação contou ainda com um representante do programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde, o técnico Marcos Benedetti. Segundo ele, as travestis representam um público importante para o trabalho de prevenção e combate às DSTs, principalmente pela situação de estigma e discriminação a que estão submetidas. “Isso faz com que elas tenham acesso reduzido aos serviços de saúde. Portanto, estas capacitações também são fundamentais para tratar da garantia dos direitos humanos”, afirmou Marcos.


 


Na manhã desta quinta-feira, as travestis e transexuais ainda tiveram a oportunidade de aprender mais sobre a história dos movimentos sociais e a importância da auto-organização. A palestra foi ministrada pela antropóloga Maria de Fátima Lima, técnica da Atenção Básica da SES.