O papel do fisioterapeuta para a recuperação do paciente durante e após a infecção pelo coronavírus é fundamental. Esse profissional é responsável pela condução dos processos respiratórios dos pacientes da Covid-19, desde o momento da sua admissão no hospital, até a volta para casa, como explica a fisioterapeuta do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho, Suzana Paranhos. Ela destaca a funcionalidade dos exercícios trabalhados pelos profissionais com os pacientes, tanto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), como os que estão cumprindo a quarentena em casa.
“Na UTI tem todo um recurso de equipamentos necessários para recuperação do paciente. A Covid, assim como outras doenças respiratórias, diminui a capacidade pulmonar e quando você faz exercícios respiratórios essa capacidade é melhora, pode inclusive trabalhar de forma preventiva porque se adquirir a Covid e você já tendo feito os exercícios passa a ter uma capacidade melhorada. Os que tiveram a doença e não fizeram exercícios percebemos que estão com a capacidade pulmonar reduzida, andou cansou, por isso que é interessante para quem está em casa fazer exercícios respiratórios, respiração profunda, de dois e três tempos”, explicou a fisioterapeuta.
O profissional fisioterapeuta utiliza técnicas respiratórias e motoras. Eles atuam nos ajustes posturais, exercícios respiratórios individualizados, de acordo com o nível de comprometimento pulmonar e avaliando as condições cardiorrespiratórias de cada paciente, até a sua volta para casa, independente da gravidade da doença.
A fisioterapia respiratória desempenha um importante papel mediante os sintomas da Covid-19 com a finalidade de contribuir para atenuar os sintomas ocasionados pela doença. Isso porque ela é um conjunto de técnicas que podem ser preventivas ou curativas, com o objetivo de melhorar a oxigenação do sangue, reeducar a função respiratória e prevenir complicações, promover expansão pulmonar, entre outros. Já a fisioterapia motora, otimiza as funções motoras do paciente evitando contraturas, deformidades, maximizando a força muscular e a independência para as atividades da vida diária.
Alguns pacientes infectados pelo coronavírus quando recebem alta médica, ressaltam que o cansaço ainda faz parte da sua rotina diária. O fisioterapeuta orienta cada paciente de acordo com o seu quadro clínico e com atividades leves.
Fonte: SES
Foto: Flávia Pacheco