Informações da Fundação Oswaldo Cruz apontam sete capitais brasileiras, entre elas Aracaju, com tendência de aumento nos casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave). Os dados apresentados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 39 (de 20 a 26 de setembro), publicados no dia 06 de outubro. Além da capital sergipana, integram a lista, Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).
Ainda de acordo com o novo Boletim Infogripe da FioCruz, Aracaju, Fortaleza, Macapá e Manaus já haviam apresentado sinal de crescimento para a tendência de longo prazo (prob. > 75%) no último boletim.
Para o médico infectologista, Matheus Todt, professor do curso de Medicina da Unit, esse era um cenário previsível diante do comportamento de parte da população. “Há um descaso quanto às medidas de proteção, de não aglomeração, do uso de máscara. Era questão de tempo termos o aumento do número de casos”, diz.
“Apesar de em números absolutos termos menos casos que os outros estados, 79 mil, com cerca de 2 mil mortos, Sergipe é um Estado com pouco mais de 2 milhões de habitantes e muitos desses em trânsito para a capital. Então, nossa taxa, a percentual é grande”, continua.
Todt alerta que, diferente do que alguns pensam, o País ainda vive uma pandemia do Covid-19. “A Europa sofre os efeitos de uma segunda onda. Estamos seguindo o mesmo caminho do que temos visto no exterior. Tudo porque as pessoas não estão sendo bem orientadas, imprudentes, e com isso o número de casos vai aumentar”.
O infectologista alerta ainda sobre as consequências caso o prognóstico seja confirmado. “Há possibilidade de um novo lockdown. O aumento do número de casos é uma questão do tempo. A nossa rede de saúde será, novamente, sobrecarregada, e com o complicador, de que a rede covid já foi desestrutura. Então, isso pode ser um caos, inclusive, com mais mortes”, alerta.
Fonte: Assessoria de Imprensa | Unit