Cerca de 5 milhões de mortes ocorridas a cada ano em todo o mundo estão relacionadas ao vício do fumo. O tabaco também é responsável por 1/3 das causas de morte por câncer. Além disso, o tabagismo é a maior causa isolada evitável de mortes precoces no mundo. Segundo o cancerologista William Eduardo Nogueira Soares, a mídia tem um papel fundamental na divulgação destes dados, com o objetivo de reduzir o consumo do cigarro e demais fumígeros, e consequentemente as doenças causadas por eles. “As campanhas realizadas e amplamente divulgadas pela imprensa tem feito uma papel importante de conscientização da população sobre os males causados pelo vício do fumo”, declarou William Soares. Todo dia pode ser o dia em que o fumante finalmente decida parar de fumar. Aquele cigarro depois do almoço pode ser o último. Um último trago e pronto. E nunca mais se acendeu outro. As coisas poderiam ser fáceis assim para os cerca de 40 milhões de brasileiros fumantes, caso eles compreendessem que os benefícios do abandono do tabagismo começam a partir do último cigarro fumado. Os benefícios aparecem praticamente na mesma hora que o tabagista larga o vício. Isso porque o ex-fumante começa a inalar ar mais puro, passando mais oxigênio para o sangue. Em seguida, há melhora da pressão arterial, da freqüência cardíaca, bem como no aspecto físico de modo geral. A auto-estima melhora simplesmente pelo fato de o fumante estar lutando contra um vício poderoso. Em pouco tempo, ele poderá caminhar melhor e diminuirão os sintomas cardiorespiratórios. Em alguns meses, cai o risco de doenças cardiovasculares e, mais adiante, o de câncer também. E após alguns anos, a expectativa de vida poderá se tornar próxima a de um não-fumante. Mas nem tudo são flores. Afinal, se parar de fumar fosse tão fácil, muitas pessoas já o fariam sem titubear ou enrolar durante anos a fio. Logo nos primeiros dias sem cigarro, o fumante passa por um processo conhecido por síndrome de abstinência. Em miúdos, o que acontece é que seu corpo, acostumado a receber suas doses diárias de nicotina por meio do cigarro, começa a “reclamar”. Logo aparecem sintomas como ansiedade, irritabilidade, sudorese, cefaléia, dificuldade de raciocínio, confusão mental, insônia e diminuição da produtividade. Em duas a três semanas, esses efeitos somem Embora não haja como evitar essa síndrome, ela pode ser minimizada pelo uso de medicamentos associado ao tratamento cognitivo comportamental. Em suma, assim que o fumante apaga o cigarro, os benefícios de parar de fumar começam. Se ele acender o cigarro novamente o processo pára. Portanto, todo dia é um novo dia para parar de fumar. Estatísticas: A cada 8 segundos morre um fumante no mundo. As estatísticas apontam que eles têm: – 10 vezes mais chances de adoecer de câncer de pulmão; – 5 vezes mais chances de sofrer infarto; – 5 vezes mais chances de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar; – 2 vezes mais chances de sofrer de derrame cerebral. Nas mulheres fumantes, o cigarro associado a anticoncepcionais pode aumentar em 10 vezes o risco de derrame e infarto. Nas grávidas, a possibilidade de aborto espontâneo aumenta em 70% e a chance do bebê nascer prematuro é de 40%. Ter um bebê com baixo peso é de 200% mais comuns entre gestantes que fumam. Benefício ao parar de fumar: – Após 20 minutos – a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; – Após 2 horas – não há mais nicotina circulando no sangue; – Após 8 horas – o nível de oxigênio no sangue se normaliza; – De 12 a 24 horas – os pulmões passam a funcionar melhor; – Após 2 dias – o olfato assimila melhor cheiros e o paladar melhora; – Após 3 semanas – a respiração e a circulação ficam mais fáceis; – Após 1 ano – o risco de morte por infarto reduz em 50% – Entre 5 e 10 anos – o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca fumaram. Fonte: Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde