Sergipe amplia oferta de mamografia para diagnóstico precoce do câncer de mama neste mês de outubro

Foto: Flávia Pacheco

O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), trabalha diariamente na prevenção, diagnóstico e encaminhamento para o tratamento de mulheres sergipanas. Entre os inúmeros serviços ofertados, está o exame de mamografia, responsável por detectar anormalidades nas mamas e recomendado tanto para pacientes sintomáticas como assintomáticas. Para reforçar ainda mais a conscientização para a campanha do ‘Outubro Rosa’ e incentivar o diagnóstico precoce do câncer de mama, o Caism ampliou a oferta de exames de mamografia durante todo o mês. São estimadas que mais 1.600 mamografias sejam feitas, o que corresponde a um acréscimo de 500 exames a mais no mês.

Para ter acesso ao exame de mamografia, é necessário que as mulheres se dirijam a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizar uma avaliação prévia com um profissional de saúde. O médico ou enfermeiro fará a solicitação do exame de mamografia de rastreamento (para mulheres acima de 40 anos) e posteriormente farão o encaminhamento para o Caism, a partir do agendamento por meio do complexo regulatório. “Para as pacientes com idade inferior a 40 anos é recomendado a realização de ultrassonografia mamária. Em qualquer idade, na presença de alguma alteração no resultado do exame e suspeita de malignidade é realizado o agendamento com mastologista para avaliação imediata”, orientou a gerente assistencial do Caism, Zaira Freitas.

Sintomas 

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor que pode ter o potencial de invadir outros órgãos. O sintoma mais comum da doença é o nódulo endurecido fixo e geralmente indolor, mas também pode ocasionar o aparecimento de alterações na pele, nos mamilos como secreções, edemas e nódulos que podem aparecer palpáveis na axila.

De acordo com a médica mastologista que atua no Caism, Paula Saad, é importante que as mulheres observem as mudanças do seu corpo, bem como a realização do autoexame. “Qualquer mulher tem risco para ter câncer de mama, pois ainda é uma doença tipicamente pós-menopausa. O que vemos é que com o passar do tempo a mudança do estilo de vida como alimentação inadequada, sobrepeso, álcool, tabagismo e estresse são fatores que causam impacto muito grande. E, por isso, a gente orienta que mulheres com idade inferior a 40 anos façam a ultrassonografia uma vez por ano, no mínimo”, salientou a médica. Outra medida recomendada é o autoexame, muito importante para a mulher olhar para si e perceber qualquer tipo de alteração na sua mama. Independente disso, a paciente deve procurar uma unidade de saúde e fazer o exame de rotina.

Acolhimento

O Caism é referência no atendimento às mulheres de todo o estado e acolhe inúmeras mulheres com suas vivências, medos e inseguranças. Entre as pacientes está a dona de casa Lucivalda  Guimarães, de 52 anos, que relatou que possui histórico de câncer na família. “Descobri alguns nódulos na minha mama com algumas dores. Por isso reconheço a importância de olhar para a minha saúde, pois tenho vários familiares que tiveram muitos casos de câncer, inclusive perdi um filho para um linfoma. Então, é fundamental realizar todos os exames e seguir o tratamento o quanto antes”, disse.

A diarista Gilssara Bezerra da Silva tem 44 anos e contou que o autocuidado é crucial para a prevenção de doenças. “Sabemos que a vida é muito corrida, mas a gente precisa se atentar para a nossa saúde. Prevenção nunca é demais e por isso decidi fazer minha mamografia. Sempre faço também meu autoexame, a fim de verificar alguma alteração ou observar qualquer sintoma que apareça”, destacou.

Acesso 

Para ter acesso aos serviços do Caism, a usuária deve se dirigir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para que seja feita a solicitação do agendamento de consultas e procedimentos. Caso seja detectado algum exame alterado, há a inserção das pacientes nos serviços do Caism para consulta com mastologista, complementação diagnóstica, ultrassonografia, biópsia e condução para o tratamento nas unidades especializadas em oncologia como a Unacon, Hospital Cirurgia, Hospital Universitário e no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

 

Fonte: SES