Médicos da rede pública do Distrito Federal estão preparando um movimento para a próxima quarta-feira (09/09), para reivindicar melhores condições de trabalho e atendimento digno aos pacientes. Para isso prepararam o “Dia de Luto pela Saúde”, como está sendo chamado o movimento. Neste dia, os médicos manifestarão sua indignação pelo caos da saúde usando uma tarja preta no braço, uma fita preta no jaleco ou mesmo uma camiseta preta para chamar atenção sobre as péssimas condições de trabalho, que vão desde a falta de médicos para atender a demanda até a ausência de reagentes para exames de sangue e filmes para revelar radiografias. “Sem gestão e investimentos, o caos se instalou nos hospitais da rede publica do Distrito Federal. Todos conhecem a situação de abandono e sucateamento da rede pública, mas não podemos mais ficar calados”, explicou o presidente do SindMédico-DF, Gutenberg Fialho, que atribuiu a atual situação a falta de gestão da Secretaria de Saúde. Para levantar a atual situação dos hospitais, o SindMédico-DF criou a Central de Denúncias, para onde os médicos podem enviar as suas denúncias. Só nos dois primeiros dias de funcionamento, 30 denúncias foram encaminhadas ao SindMédico. Uma delas veio do Hospital Regional da Asa Sul, assinada por 98 profissionais do hospital entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Eles denunciam a situação da UTI neonatal do HRAS, onde recém nascidos estão com risco iminente de morte por falta de equipamentos adequados à unidade intensiva, como oxímetro, respirador, bomba de infusão, incubadora e fitoterapia. Além do Dia de Luto pela Saúde, os médicos continuam mobilizados em Campanha Salarial, já que até o momento o Governo não apresentou uma proposta satisfatória à classe. Fonte: SindMédico-DF