O Conselho Regional de Serviço Social 18ª Região (CRESS Sergipe) divulga apoio a Campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, que é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), e tem a parceria da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
O objetivo da Campanha é incentivar mulheres em situação de violência doméstica a pedirem ajuda nas farmácias e drogarias. Com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência e o atendente treinado aciona a Polícia Militar (Patrulha Maria da Penha ou Guarda Civil). Em Sergipe, a denúncia pode ser feita nas Farmácias da Rede Drogasil, Pague Menos, Extrafarma e Farmácia do Trabalhador.
A drogaria que aderir à Campanha assume o compromisso de providenciar o treinamento dos colaboradores, mediante acesso à cartilha e tutorial oferecidos pelo CNJ e pela AMB. Quando a vítima sinalizar por socorro, o atendente, com sigilo e discrição, acionará as autoridades competentes. De acordo com as diretrizes estabelecidas, o farmacêutico e o atendente da farmácia não devem ser conduzidos à delegacia nem serem arrolados como testemunhas, tendo em vista que não presenciaram a violência. No caso, são apenas o meio para que a vítima consiga realizar a comunicação dos episódios de violência.
De acordo com a presidente do CRESS Sergipe, Dora Rosa Horlacher, os profissionais de serviço social tem participação efetiva no atendimento às vítimas de violência. “A violência de gênero é um fenômeno social e deve ser enfrentada através de um conjunto de estratégias políticas e de intervenção social direta. Por isso, o CRESS Sergipe se soma nessa campanha contra a violência doméstica. A vulnerabilidade da mulher tem sido acentuada, não há dúvida, e, ainda que não seja a sua causa, o isolamento social tem aumentado o número de episódios de violência, em todas as suas formas”, explicou a presidente.
Para a assistente social Andréia Iung, a violência doméstica tem que ser desvelada, explicitada e posta em debate pela sociedade. “A atuação do assistente social deve ser a ampliação desse olhar sobre a questão social sob todos os seus aspectos, portanto, precisamos ter o conhecimento dos direitos das mulheres que sofrem violência, os caminhos para a garantia desses direitos, mas também promover um discussão ampliada junto a população a qual atende, que esse é um problema social e de que todos. Temos responsabilidade sobre ele, promovendo atividades educativas, rodas de conversa, desculpabilizando a vítima e promovendo a desnaturalização, buscando romper com esse ciclo da violência na sociedade”, afirmou a assistente social.
Ascom/CRESS-SE