A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove diversas ações durante o Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização à prematuridade. Dentro da programação da campanha, o setor de Psicologia da maternidade realizou uma atividade que reuniu as mães de prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), para dialogar sobre os desafios da prematuridade.
De acordo com a psicóloga Cristiane Vieira, que participou da ação juntamente com os psicólogos Cíntia Guimarães e Jorge Monteiro, a atividade levou para discussão os desafios das mães de prematuros. “Aproveitamos a oportunidade e presenteamos as mães com o ‘Diário de Bordo Canguru’, que é um projeto para que possam escrever todos os momentos delas aqui na maternidade com os seus bebês”, contou a psicóloga.
O Diário de Bordo é um projeto recente de boas práticas que está sendo implementado na área do Método Canguru na Maternidade, e acompanha as mães desde a Utin até a Ala Verde (enfermaria Canguru). “Como elas têm um tempo ocioso, principalmente na Utin, onde elas aguardam os filhos se recuperarem, podem escrever e desenhar os seus sentimentos diários e o desenvolvimento dos filhos. Quer dizer, fazer a construção diária da história dos seus bebês. E serve como uma válvula de escape para as angústias e ansiedade. A ideia é dar suporte emocional através da escrita”, explicou Cristiane.
As mães aproveitaram o momento e compartilharam sobre as angústias e as alegrias diárias com a recuperação dos seus bebês. Este foi o caso de Joclécia Luiz de Oliveira, 33, mãe de um bebê prematuro nascido há um mês e quatro dias, com 777 gramas, que está internado na Utin, no Centro de Prematuros Extremos (Cenpre).
“Essa foi a minha terceira gestação, tenho um filho de 16 anos e o meu segundo bebê foi prematuro e faleceu. Então eu já tinha um trauma de ter perdido um filho e, agora, nasceu este também prematuro, é tudo muito difícil e angustiante, mas quando temos o apoio de uma equipe como essa da maternidade, nos sentimos confortados. Essa conversa foi um apoio muito grande e poder compartilhar foi muito bom. Ver as histórias de superação das outras mães me fez bem, saí daqui mais forte”, enfatizou Joclécia.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde